Se eu pudesse, construía casas nas nuvens. Não seriam grandes, nem pesadas. Caberíamos lá, sem esforço ou dedicação, até por que somos bem pequenos, e ainda mais pequenos quando perto delas. Se caíssemos, caíamos os dois, mas não para além das nuvens. Afinal, conta-se que são muito fortes, muito brancas. Já muitos correram nas nuvens, mas não deixaram relatos, aliás, não deixaram nada, a não ser a crença. A crença de que algum dia alguém iria viver aquela sensação. A sensação do nada, de um vazio cheio, onde nada falta, onde o essencial permanece sem dúvidas ou julgamentos. Caímos, finalmente. Finalmente juntos.
Sem comentários:
Enviar um comentário