20101109
Estado de espírito #1
Sou vítima do amor esgotado e nunca irei entender a geometria da vida. Não sei lançar trunfos sobre a mesa, muito menos sob ela. Se temos de comprar a arte, e até mesmo corações em saldo, então não quero moedas. Não quero superstições, meses contados ou palavras gastas. Espero, portanto, não sofrer. Pouco mais me resta queimar. Que me queime a mim: corpo em cinzas e alma evaporada, se é que a tenho. Só não me queimem o céu. O meu céu, as minhas nuvens, o meu ar.
Agora, o amor. O amor é lixado e, por isso, dorme na terra. Não pode. Tem de voar. Que voe e me consuma. Apenas quero aprender como ele me consome. Que me destrua e faça entender mortes propositadas.
A linha telefónica do pensamento está cortada. Qualquer réstia dele preencher-me-á a incompleta capacidade de comunicação que constantemente me assombra. Ataca-me e aqui me deixa, enrolada em sentimentos. E nada disto é verdade. Nada disto é mentira. É uma pequena verdade da mentira em que me desconheço.
Nada disto tem sentido.
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